Mestrado em Engenharia Química
Contextualização da Importância do Curso de Mestrado em Engenharia Química
na Região Centro-Oeste
Nos primeiros anos do século 21 a economia do Estado de Goiás fortaleceu-se por meio do processo de industrialização. Dentre os fatores mais importantes podem se destacar a degradação da infraestrutura social e urbana dos centros tradicionais de produção do País, a proximidade da matéria-prima, a posição estratégica para escoamento da produção e a disponibilidade de mão de obra que, aliados aos programas de incentivo criados pelo Governo do Estado de Goiás, fizeram com que grandes complexos industriais se instalassem no Estado.
O setor industrial de maior crescimento no estado é o sucroalcooleiro. De acordo com a SIFAEG (Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás) em 2017 o estado de Goiás conta com 36 usinas de álcool em operação. Além disso, diversas pesquisas apontam para a consolidação de Goiás como novo polo brasileiro na atração de investimentos do segmento de álcool e açúcar, traduzindo em oportunidades de crescimento econômico para o Estado.
Outro setor em evidência em Goiás é o de mineração, onde o Estado ocupa o terceiro lugar nacional na produção de bens minerais. O estado detém as maiores jazidas e produções brasileiras de níquel, cobalto, amianto crisólita e vermiculita, além do segundo lugar nacional na produção de fosfato, nióbio e ouro. Com essa diversificação, a indústria mineral de Goiás apresenta segmentos modernos e gestão similar às grandes corporações internacionais, ajustando-se ao cenário da economia global.
O projeto da TGBC prevê a implantação de 905 quilômetros de duto a partir da Estação de Compressão de São Carlos até o ponto de entrega do Recanto das Emas, passando por 37 municípios para interligar a região Sudeste e Centro-Oeste. Na proposta, está especificada a construção de sete pontos de entrega do gás, entre eles nas cidades de Uberaba e Uberlândia. Vale ressaltar que a indústria do gás natural é indutora de crescimento econômico regional, pois aumenta a oferta de energia. Neste sentido, o gás natural contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias, possibilitando a criação de novas oportunidades de empregos e o fortalecimento do mercado de trabalho local.
Concomitantemente, a expansão da demanda energética e a crescente preocupação com o meio ambiente motiva a substituição do uso do combustível fóssil por fontes de energia sustentável, e nesse aspecto, o Estado de Goiás se apresenta como um dos maiores produtores de oleaginosas do País, onde a diversidade e a produção expressiva de oleaginosas poderão representar, em curto prazo, a redução do custo de produção a níveis competitivos com o diesel de petróleo, bem como a disponibilidade de volumes crescentes de biocombustíveis.
O Curso de Mestrado em Engenharia Química (UFG)
Neste cenário de expansão de diversas áreas, tais como da indústria sucroalcooleira, de alimentos, mineração e farmacoquímica, foi fundando, no ano de 2014, o Curso "Stricto Sensu" de Mestrado em Engenharia Química da Universidade Federal de Goiás (PPGEQ/UFG) com o intuito fundamental de formar pesquisadores, futuros docentes e profissionais qualificados para atuar nos setores industriais e nos arranjos produtivos da economia do Estado de Goiás e do Brasil como um todo.
Cabe ressaltar que a maioria dos cursos de graduação e Pós-Graduação em Engenharia Química estão localizados nas regiões Sudeste e Sul do país, sendo que na região Centro-Oeste a UFG foi a primeira a criar, tanto o curso de graduação em Engenharia Química (fundado em 2009), quanto o curso de Pós-Graduação em Engenharia Química na modalidade de Mestrado “Stricto Sensu”, sendo este último, atualmente, o único curso de Pós-Graduação em Engenharia Química desta região.
Levando em conta a necessidade de profissionais especializados nas diversas áreas da Engenharia Química, o PPGEQ/UFG tem como área de concentração Desenvolvimento de Processos, englobando as seguintes linhas de pesquisa:
I) Processos químicos e biotecnológicos
II) Gestão, controle e preservação ambiental
Atualmente, o PPGEQ/UFG conta com um corpo docente composto por professores doutores em Engenharia Química, Engenharia de Alimento e Química provenientes de Programas de Pós-Graduação consolidados nas diversas instituições de ensino das Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil.
O corpo discente do PPGEQ/UFG é constituído por estudantes regulares e especiais, cuja estrutura acadêmica está composta por disciplinas trimestrais obrigatórias e optativas, seminários, dentre outras atividades.
O currículo do aluno egresso deste Programa deverá conter, no mínimo, as seguintes atividades, juntamente com seus respetivos cômputos em termos de créditos (quando aplicado):
I ) quatro (4) disciplinas obrigatórias (3 créditos cada);
II) duas (2) disciplinas eletivas (3 créditos cada);
III) seminário de acompanhamento I (1 crédito);
IV) estágio de docência de acordo com as diretrizes da CAPES (para bolsistas CAPES do Programa);
V) exame de qualificação;
VI) seminário de acompanhamento II (1 crédito);
VII) defesa da dissertação de Mestrado (16 créditos).
Cada crédito corresponde a dezesseis (16) horas de atividades em disciplinas, exceto os dezesseis (16) créditos atribuídos à defesa e aprovação da dissertação de Mestrado, os quais não têm equivalência em carga horária.
O aluno regularmente matriculado no programa deverá integralizar todos os créditos em disciplinas obrigatórias no primeiro trimestre (no mínimo 12 créditos) e os créditos relacionados às disciplinas eletivas até o primeiro ano após seu ingresso no Programa (no mínimo 6 créditos).
A disciplina de Seminários I deverá ser cursada até o sexto (6°) mês de seu ingresso no Programa. Nesta disciplina, o aluno apresentará o projeto de pesquisa a ser desenvolvido no mestrado.
O exame de qualificação, que consiste em uma defesa de monografia referente ao trabalho de pesquisa do discente perante uma banca examinadora composta por, no mínimo, três docentes/pesquisadores (doutores) internos ou externos ao Programa, deverá ocorrer antes dos quinze (15) meses do ingresso no Programa.
A disciplina Seminários II deverá ocorrer até o vigésimo primeiro (21°) mês do ingresso do discente no Programa, cujos resultados obtidos após o exame de qualificação serão apresentados. Logo, o limite mínimo do número de créditos em disciplinas necessárias à integralização do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFG é de vinte (20) créditos.
A defesa do produto final (dissertação de Mestrado) será feita em sessão pública perante uma banca examinadora composta por, no mínimo, um membro interno (doutor) e um membro externo (doutor) ao Programa (preferencialmente externo à UFG), além do orientador e do coorientador (quanto houver). A defesa deverá ocorrer em um prazo mínimo de dezoito (18) meses e máximo de vinte e quatro (24) meses.
Com relação à entrada de alunos especiais, o Programa divulga, por meio do edital de processo seletivo, as vagas disponíveis nas disciplinas oferecidas, bem como os requisitos exigidos para seu ingresso. Estudantes especiais poderão cursar no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFG até cinquenta por cento (50%) do número de créditos exigidos, no intervalo de cinco anos, sendo esses créditos passíveis de aproveitamento.